Casa conectada: como começar a automatizar a rotina da sua residência





Por Gabriela Fachin - Publicado na Casa Vogue

Soluções inteligentes podem ajudar a otimizar o funcionamento de aparelhos e poupar recursos


Afinal, já imaginou receber relatórios dos seus eletrodomésticos sobre como diminuir o consumo de energia elétrica? Ou então ter um lar que proporcione autonomia independentemente da sua idade ou capacidade de locomoção? Essas são algumas possibilidades que uma casa conectada oferece, além de dispositivos para segurança, entretenimento e conforto dos moradores.

Em uma smart home ou casa inteligente, os recursos de automação residencial usam uma rede que permite interligar equipamentos e programar comandos para o seu funcionamento. Dessa forma, um único aparelho conectado à rede, como um tablet ou celular, é capaz de controlar os outros dispositivos, seja na própria residência ou à distância.

As ações de controle em uma casa automatizada podem ser desde ligar ou desligar aparelhos até monitorar a segurança e acompanhar o dia a dia de quem precisa de cuidados, como crianças, idosos e pets. Não por acaso, os recursos para automação residencial têm se tornado mais populares nas casas do mundo todo.

Em 2021, mais de 895 milhões de equipamentos inteligentes foram instalados em lares ao redor do globo, de acordo com um levantamento feito pelo IBC, instituto que faz estudos e projeções sobre tecnologia. Se você está pensando em usar dispositivos smart para otimizar sua rotina, acompanhe as dicas a seguir.

Por onde começar o processo de automação?

Antes de instalar aparelhos para automatizar algumas atividades domésticas, é importante pensar nas necessidades específicas do seu lar. “Cada morador estabelece prioridades conforme o tipo de moradia, por exemplo, se é uma casa em rua urbana, em um condomínio, um apartamento e assim por diante, bem como seus hábitos familiares”, orienta José Roberto Muratori, curador e instrutor do Instituto da Automação, plataforma de capacitação para profissionais de automação residencial e predial.

Também é importante buscar profissionais e empresas que cumpram os requisitos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que regulamenta o setor de automação no Brasil. Como alguns dispositivos captam e armazenam imagens e áudios, outro ponto para colocar na balança na hora de tornar a casa mais conectada é a segurança dos dados e como eles serão usados.

Qual o investimento inicial para ter uma casa inteligente?

Com o uso dos assistentes de voz e dos próprios smartphones para enviar comandos para outros aparelhos, os consumidores ganharam alternativas com valores mais acessíveis e que podem ser instaladas em um esquema “faça você mesmo”. Alguns exemplos de dispositivos smart que o morador consegue instalar e programar por conta própria são as lâmpadas e tomadas inteligentes.

Segundo Muratori, sistemas simples podem ser adquiridos por valores abaixo de R$ 1 mil. “Mas o conceito de automação residencial é mais amplo e implica na integração de diversos sistemas, normalmente projetados e implantados por um profissional ou empresa especializados”, observa o professor. Nesse caso, o investimento pode variar bastante, de acordo com o porte e o tipo de recursos incluídos no projeto.

Quais são as tendências no mercado de automação residencial?

Hoje é possível encontrar soluções inteligentes para as mais variadas necessidades e o mercado de produtos smart sempre lança novidades. Mas duas tendências têm ganhado força no setor de automação residencial: ferramentas para otimizar o trabalho em casa e para economizar recursos.

“Com o impulso do home office, a questão da produtividade ganhou muita relevância e as soluções de conectividade em busca de maior eficiência, conforto e segurança estão em destaque no momento”, conta Muratori.

Produtos com sensores e medidores de energia elétrica que se conectam diretamente a nuvem e reportam dados de consumo também ganharam atenção. “Uma avaliação desses dados permite conhecer o histórico de uso e fazer estudos comparativos, tornando viável a redução do consumo com a implantação de melhorias, que vão desde a troca por equipamentos mais eficientes até uma programação adequada. Isso permite utilizar recursos como ar-condicionado e iluminação de forma otimizada”, explica o professor.

Existem até opções de tomadas e painéis que registram o quanto de energia os equipamentos conectados usam. Além de ter um custo mais acessível, essas alternativas são fáceis de monitorar e permitem aos moradores estabelecer uma meta de consumo. Então, são muitas as possibilidades para tornar sua casa mais conectada e eficiente!